Letra da Música Bailanta e Carpeta de João Luiz Corrêa

Antes da noite encilho o pingo e visto os trapos
Brilhantina no cabelo, uma vontade de "dançá"
E na guaiaca levo os trocos que são poucos
Vou buscar numa carpeta, outro jeito de "aumentá"

Se me secarem jogo o pingo e os pelegos
Pois sou novo e são de lombo e não tenho pra quem deixar
Que bem me importa se no jogo sou sem sorte
Sou filho do vento norte danço tango, sei amar

Já acreditei na sorte e até "curpei" o destino
Por "cousa" que não queria, que viessem me acontecer
A sorte não me "ajudo" e o destino foi maleva
Mulher e jogo de carta, me secaram com prazer

Ouço de longe o reluzir malaquia na cordeona de 8 baixos
Sapecando um vanerão
Vou me chegando pro bordel da dona Anísia
Dançarei com a cabeçuda nem que arrume confusão

Meio nas canha danço xote, tango e valsa
Grudadito na piguancha tomo conta do salão
Vou pra janela contemplando a lua cheia
Dou-lhe grito e sapateio, como é lindo meu rincão

Já acreditei na sorte e até "curpei" o destino
Por "cousa" que não queria, que viessem me acontecer
A sorte não me "ajudo" e o destino foi maleva
Mulher e jogo de carta, me secaram com prazer

Volto pra casa sem cavalo e sem dinheiro
Mas nas ventas levo cheiro, um extrato cachemir
Meio com sono e com a cara ressacada
Ainda ouço a voz da china me pedindo pra não ir

Hoje no sonho eu enxergo o chinaredo
Quase em pêlo e eu no meio reborqueando no salão
E quando acordo eu me ponho a olhar a lua
E de repente dou-lhe grito pra espantar a solidão

Já acreditei na sorte e até "curpei" o destino
Por "cousa" que não queria, que viessem me acontecer
A sorte não me "ajudo" e o destino foi maleva
Mulher e jogo de carta, me secaram com prazer